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Comunicação de Risco

Todos os homens com deficiência de testosterona devem ser aconselhados a modificar o estilo de vida como estratégia de tratamento (perda de peso ou mantê-lo dentro da faixa recomendada, aumento da atividade física, que tem o potencial de aumentar os níveis totais de testosterona e / ou reduzir os sinais e sintomas associados à deficiência de testosterona) [1]

Há, no entanto, muitos casos em que seria impossível manter uma vida normal sem recorrer à terapêutica com testosterona.

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A testosterona é um agente eficaz no tratamento do hipogonadismo. Os estudos revelam que esta terapêutica melhora a função erétil, líbido e outros problemas sexuais. [2]

Recentemente foi realizado um estudo que demonstra que o pré-tratamento com testosterona parece promissor para melhorar
o sucesso da
fertilização in vitro em pacientes com ovários não responsivos. Por exemplo, há impacto no número total de oócitos e de embriões totais obtidos. 
Ainda não há esclarecimento sobre a dose e duração da administração de testosterona antes da fertilização in vitro.
[3]

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Há estudos que demonstram que, a longo prazo, esta terapia aumenta significativamente a Densidade Mineral Óssea (DMO) em homens hipogonadais. Independentemente da
idade, o maior aumento é observado durante o primeiro
ano de tratamento e em pacientes com valores iniciais baixos de DMO.
[4]

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Exposição secundária

Os fabricantes de dois produtos de prescrição de gel de testosterona, AndroGel 1% e Testim 1%, foram obrigados a incluir um aviso nos rótulos dos produtos após receber relatos de efeitos adversos em crianças que foram inadvertidamente expostas à testosterona, através do contacto com outra pessoa em tratamento com esses produtos. [5]

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Risco Cardiovascular

O uso crónico a longo prazo ou recorrente a curto prazo de esteroides anabolizantes pode aumentar potencialmente o risco de futura doença arterial aterosclerótica devido a efeitos negativos nas lipoproteínas, especialmente HDL e lipoproteína (a). [6]

Risco aumentado de ataque cardíaco, derrame, eventos tromboembólicos venosos ou morte.
Sintomas como dor no peito, edema, falta de ar ou dificuldade em respirar, fraqueza numa parte do corpo ou fala arrastada devem imediatamente procurar ajuda médica.


Estudos comprovam que as injeções de testosterona podem aumentar risco a curto prazo de eventos cardiovasculares, acidente vascular cerebral, morte e hospitalização em comparação com os géis. [7]

Mulheres
 

Nas mulheres verificam-se irregularidades menstruais, virilização e danos fetais em grávidas (devido ao potencial de virilização de um feto feminino).
Durante a gravidez, podem verificar-se
efeitos androgénicos: hipertrofia do clitóris, fusão labial da prega genital externa para formar uma estrutura escrotal, desenvolvimento vaginal anormal e persistência de um seio urogenital. [7,8]

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Homens
 

Pode gerar impotência, espermatogénese prejudicada, infertilidade, disfunção sexual, ginecomastia, doença cardiovascular prematura e hipertrofia prostática (hipogonadismo). 

Os efeitos reprodutivos do abuso de androgénios são profundos, mas pelo menos inicialmente são reversíveis. 
 

O uso crónico pode causar aumento do volume muscular e das características masculinas. Não há evidências claras de que os esteroides anabolizantes melhorem o desempenho atlético geral. [7]

Danos hepáticos

 

hepatotoxicidade é um efeito adverso grave muito decorrente de androgénios 17α-alquilados orais.

Inclui tumores hepáticos e peliose hepática.
[7]

Para saber mais...

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Distúrbios neuropsicológicos

Pode afetar não apenas o indivíduo, mas também a sua família e a comunidade.
Transtornos leves do humor, falta de julgamento, agressão descontrolada, hostilidade, distúrbios do sono, mania e depressão.
Preocupação iminente e obsessão com a muscularidade.
Pode causar dependência, cuja natureza e sua relação com o obsessivo-compulsivo e  o distúrbio alimentar e  de exercício permanece incerto. 
[7]

 

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[8]

Referências bibliográficas:

[1] - Park, H., Ahn, S., & Moon, D. (2019). Evolution of Guidelines for Testosterone Replacement Therapy. Journal of Clinical Medicine, 8(3), 410. https://doi.org/10.3390/jcm8030410
[2] - Corona, G., Torres, L. O., & Maggi, M. (2020). Testosterone Therapy: What We Have Learned From Trials. Journal of Sexual Medicine. Elsevier B.V. https://doi.org/10.1016/j.jsxm.2019.11.270
[3] - Noventa, M., Vitagliano, A., Andrisani, A., Blaganje, M., Viganò, P., Papaelo, E., … Cozzolino, M. (2019). Testosterone therapy for women with poor ovarian response undergoing IVF: a meta-analysis of randomized controlled trials. Journal of Assisted Reproduction and Genetics. Springer New York LLC. https://doi.org/10.1007/s10815-018-1383-2
[4] - Behre, H. M., Kliesch, S., Leifke, E., Link, T. M., & Nieschlag, E. (1997). Long-Term Effect of Testosterone Therapy on Bone Mineral Density in Hypogonadal Men. The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, 82(8), 2386–2390. doi:10.1210/jcem.82.8.4163
[5] - U.S. Food and Drug Administration (2015). Disponível em: https://www.fda.gov/drugs/postmarket-drug-safety-information-patients-and-providers/testosterone-information?fbclid=IwAR2WzIdlzYIurJhrfYc4Q-D_Elns-8UVqivXgU3HUWtm5sREXUXuiJ-Ldbc [acedido em 25 de março, 2020]

[6] - Niedfeldt, M. W. (2018). Anabolic Steroid Effect on the Liver. Current Sports Medicine Reports, 17(3), 97–102. https://doi.org/10.1249/JSR.0000000000000467
[7] - Iyer R., Handelsman D.J. (2017). Testosterone Misuse and Abuse. In: Hohl A. (eds) Testosterone: From Basic to Clinical Aspects. Springer International Publishing.International Publishing. https://doi.org/10.1007/978-3-319-46086-4_19
[8] - National Center for Biotechnology Information. PubChem Database. Testosterone, CID=6013. Disponível em: https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Testosterone [acedido em 31 de março 31, 2020]
[8] - Infarmed (2019). Disponível em: https://www.infarmed.pt/pt_PT/web/infarmed/institucional/documentacao_e_informacao/informacao-tematica?p_p_id=101&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&_101_struts_action=%2Fasset_publisher%2Fview_content&_101_returnToFullPageURL=https%3A%2F%2Fwww.infarmed.pt%2Fpt_PT%2Fweb%2Finfarmed%2Finstitucional%2Fdocumentacao_e_informacao%2Finformacao-tematica%3Fp_auth%3DuKsgtfq9%26p_p_id%3D3%26p_p_lifecycle%3D1%26p_p_state%3Dnormal%26p_p_state_rcv%3D1&_101_assetEntryId=3292907&_101_type=content&_101_urlTitle=comunicado-de-imprensa-utilizacao-indevida-de-medicamentos-com-testosterona&inheritRedirect=false&redirect=https%3A%2F%2Fwww.infarmed.pt%2Fpt_PT%2Fweb%2Finfarmed%2Finstitucional%2Fdocumentacao_e_informacao%2Finformacao-tematica%3Fp_p_id%3D3%26p_p_lifecycle%3D0%26p_p_state%3Dmaximized%26p_p_mode%3Dview%26_3_paginationPhase%3Dtrue%26_3_paginationPhase%3Dtrue%26_3_keywords%3D%26_3_keywords%3D%26_3_advancedSearch%3Dfalse%26_3_advancedSearch%3Dfalse%26_3_delta%3D20%26_3_delta%3D20%26_3_assetTagNames%3Dcontrafa%25EF%25BF%25BD%25EF%25BF%25BD%25EF%25BF%25BD%25EF%25BF%25BDo%26_3_assetTagNames%3Dcontrafa%25EF%25BF%25BD%25EF%25BF%25BD%25EF%25BF%25BD%25EF%25BF%25BDo%26_3_resetCur%3Dfalse%26_3_resetCur%3Dfalse%26_3_andOperator%3Dtrue%26_3_andOperator%3Dtrue%26_3_struts_action%3D%252Fsearch%252Fsearch%26_3_struts_action%3D%252Fsearch%252Fsearch%26_3_reorderBy%3DorderByDate%26_3_reorderBy%3DorderByDate [acedido em 10 de março, 2020]

© 2020 por Ana Coelho | Catarina Sousa | Rafaela Mourão
 

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano letivo 2019/2020 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP).
Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião (remiao@ff.up.pt) do Laboratório de Toxicologia da FFUP.

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