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Biossíntese

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A testosterona, um esteroide androgénico anabólico, é o principal produto secretado pelas Células de Leydig. [1] 

As células de Leydig estão localizadas nos testículos, nos espaços intersticiais dos túbulos seminíferos.  São a principal fonte de testosterona e estima-se que produzem, diariamente, cerca de 6-7 mg de testosterona. [1, 2] 

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Nas mulheres, os ovários são também responsáveis pela produção de testosterona, embora em muito menor quantidade. As glândulas adrenais produzem também quantidades residuais da hormona. [1,3] 

Regulação: LH, hormona luteinizante, feedback negativo da testosterona no eixo hipotálamo-hipófise da hipófise. [1,3] 

A testosterona é sintetizada a partir do colesterol, o precursor essencial para todas as hormonas esteroides. [1] 

 

A síntese é realizada em várias etapas enzimáticas, no fim das quais a cadeia lateral do colesterol é encurtada pela oxidação de 27C para 19C, passando o anel A esteroide a assumir uma função cetona na posição 3. [1] 

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  • O ponto de partida para a transformação de colesterol em testosterona é a clivagem oxidativa da cadeia lateral do colesterol pela enzima citocromo P450 oxidase mitocondrial, levando à produção de pregnenolona. [1] 

  • As etapas após a formação da pregnenolona ocorrem no retículo endoplasmático, através do caminho D4 ou D5. A designação D4 ou D5 refere-se à localização da ligação dupla no esteroide. [1] 

  • A via D5 é predominante sobre a D4 na biossíntese de esteroides em humanos. [1] 

[1]

  • Ao longo da via D4, a pregnenolona é desidratada e obtém-se progesterona, que é convertida no intermediário 17α-hidroxiprogesterona. Se a cadeia lateral for removida, é produzido o intermediário androsteno-3,17-diona, que, por uma redução adicional na posição C17, é então transformado em testosterona[1] 

  • Na via D5, ocorre a síntese de testosterona através dos intermediários 17-hidroxipregnenolona e desidroepiandrosterona (DHEA). [1] 

       Dependendo dos tecidos, a testosterona pode ainda ser convertida em di-hidrotestosterona (DHT) ou estradiol[1] 

A testosterona é secretada nos níveis adultos durante três épocas da vida masculina:

 

 

 

Embora pequenas quantidades de testosterona possam ser extraídas do material testicular, a testosterona comercial é sintética e derivada do colesterol. A desidrodroepiandrosterona, o intermediário chave na síntese, pode ser tratada por processos químicos ou microbiológicos, para produzir testosterona. [2] 

 [H7]

Durante o primeiro trimestre da vida intra-uterina, coincidindo com a diferenciação do trato genital masculino.

Durante a vida neonatal precoce enquanto surgem os andrógenos perinatais.

Continuamente após a puberdade, para manter a virilização. 

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[4] 

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Referências bibliográficas:

[1] - Luetjens, C., & Weinbauer, G. (2012). Testosterone: Biosynthesis, transport, metabolism and (non-genomic) actions. In S. Nieschlag (Author) & E. Nieschlag & H. Behre (Eds.), Testosterone: Action, Deficiency, Substitution (pp. 15-32). Cambridge: Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9781139003353.003 

[2] - National Center for Biotechnology Information. PubChem Database. Testosterone, CID=6013, https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Testosterone [acedido a 27 Março, 2020].

[3] - Kraemer, W. J., Ratamess, N. A., Hymer, W. C., Nindl, B. C., & Fragala, M. S. (2020). Growth Hormone(s), Testosterone, Insulin-Like Growth Factors, and Cortisol: Roles and Integration for Cellular Development and Growth With Exercise. Frontiers in Endocrinology. Frontiers Media S.A. https://doi.org/10.3389/fendo.2020.00033

[4] - BS, D. (2016). Androgen Physiology, Pharmacology And Abuse. [online] Ncbi.nlm.nih.gov. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK279000/> [Acedido a 27 Março, 2020].

 

© 2020 por Ana Coelho | Catarina Sousa | Rafaela Mourão
 

Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Toxicologia Mecanística no ano letivo 2019/2020 do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP).
Este trabalho tem a responsabilidade pedagógica e científica do Prof. Doutor Fernando Remião (remiao@ff.up.pt) do Laboratório de Toxicologia da FFUP.

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